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20 de Abril de 2024

Como calcular o pró-labore dos sócios?

Entre o correto e a prática, às vezes existe certa distância. Descubra a forma legal de se fazer o pagamento de pro labore antes de assinar os contratos

há 10 anos

Publicado por Danilo Andrade Maia

Como calcular o pr-labore dos scios

Aperto de mão: Prolabore significa “pelo trabalho”. No Direito Empresarial, é a remuneração dos administradores da sociedade, sejam eles sócios ou não

Após formalizar a empresa e estabelecer os primeiros processos de gestão de pessoas, muitos empreendedores se perguntam: como remunerar os administradores? A resposta, normalmente, está no pagamento do chamado Pro Labore.

Prolabore vem do latim e significa “pelo trabalho”. No Direito Empresarial, é a remuneração dos administradores da sociedade, sejam eles sócios ou não. Daqueles que efetivamente exercem a administração da sociedade.

O requisito é que haja previsão contratual a quem será pago o pro labore.

Aos demais sócios que não exercem atividade de administração, os ganhos por sua participação societária podem e devem ser pagos por formas diversas, como distribuição de lucros ou dividendos e juros sobre capital próprio.

Isso é o correto. Entre o correto e a prática, às vezes existe certa distância.

Não é incomum que sócios que não exerçam atividades de administração na sociedade recebam pro labore por estarem nomeados no contrato social como administradores.

Nesse caso compete à sociedade realizar o pagamento, juridicamente devido em razão da previsão contratual ou, modificar o contrato ou, ainda, exigir-lhe a efetiva contraprestação.

Mais habitual do que se imagina, nas sociedades, é o pagamento do pro labore com valor inferior ao salário-base de empregados que exercem a mesma função de administração.

Como a sociedade recolhe Imposto de Renda e Contribuição Previdenciária sobre tais montantes, se uma eventual fiscalização apurar essa disparidade de valores, poderá a sociedade ser autuada por sonegação fiscal por não tributar sobre os valores que efetivamente seriam devidos aos administradores.

É uma questão controvertida e que vale considerar. O ganho é pequeno e submete a sociedade a um risco sério e desnecessário.

Além da tributação paga pela sociedade, há também a incidência de tributos em relação àquele que recebe pro labore. Com alíquota variável, o Imposto de Renda deve ser retido na fonte, com alíquota máxima de 27,5% e Contribuição Previdenciária de 11%.

Reitera-se o ponto fundamental: a retirada de pro labore será devida aos sócios e/ou administradores em conformidade com o que estiver disposto no contrato social da sociedade.

Essa é a prática corrente, no pressuposto de que atende a vontade dos sócios, mesmo quando não visa exatamente sua destinação e finalidade legal, a exclusiva remuneração dos administradores.

Como se muda isso? Através de alteração contratual.

E se os sócios não querem? Então não se muda... Prevalece a vontade societária expressa pela maioria prevista no contrato.

Estas em síntese as breves considerações que o espaço comporta, em uma linguagem que pretende ser acessível aos empreendedores Endeavor.


Fonte:http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-calcularopro-labore-dos-socios?page=2

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Perfeito, então como poderia ser resolvido a situação hipotética de remuneração de 10 (dez) sócios que trabalham na sociedade onde, apenas dois deles são administradores legais (recebendo normalmente o Pro-Labore) constituídos e expresso no Contrato Social e 08 deles prestam serviços regulares a empresa porém não são administradores?
Provavelmente a resposta seria:
1) Distribuição de lucros
2) Juros sobre capital próprio
Porque se os demais 08 sócios não são administradores em tese não podem receber Pro-Labore, certo?

Agora para apimentar um pouco a questão, acrescentando um ingrediente, vamos imaginar que esta empresa esteja trabalhando com prejuízo no seu balanço no período em que os 8 sócios (não Administradores) estão prestando serviços como Engenheiro, Recebimento, Contabilidade, Faxineiro (sim, um sócio faxineiro), Comprador, etc. Como fica agora a possibilidade de remuneração deles (08 sócios) com a empresa indicando prejuízo no seu balanço e os 8 sócios continuando a prestar serviços diretamente na empresa?
Certo, SEM considerar a hipótese de "fechar" a empresa ou mandar os 8 sócios embora porque não existe uma forma aparente de remunera-los pelo seu serviço pois a empresa esta operando no prejuízo, como poderíamos pensar em continuar a remunerar os sócios?
Considere que esta situação não é tão hipotética assim. Existe de fato!

Grato
Parabéns pelo artigo continuar lendo